quarta-feira, 9 de março de 2011

(20)LIVRO SOBRE BULLYING-DE AUTORA BRASILEIRA

A AUTORA DESTE LIVRO, ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA ESTAVA HOJE SENDO ENTREVISTADA PELA MARÍLIA GABRIELA NO PROGRAMA DO CANAL  GNT. E O ASSUNTO ERA ÓBVIAMENTE O BULLYING.
QUEM SOFRE AS PERVERSIDADES DO BULLYING SE SENTE PEQUEnininho. Com vontade de sumir. ESTUDE ESSE ASSUNTO. OLHE A SUA VOLTA. QUEM SABE NÃO TEM ALGUÉM PRÓXIMO DE VOCÊ SENDO VÍTIMA DA CRUELDADE HUMANA DISFARÇADA EM "brincadeira".

(19)RUBEM ALVES FALA DE BULLYING

BULLYING


BULL apresento
BULLYNG por Rubem Alves

Cronica"Bullying", publicada no jornal "Correio Popular" em 08/05/05
Campinas – SP

Ela se apresentou: “Meu nome é Cleo Fante...” E com um gesto passou-me o seu livro que acabara de ser publicado: Fenômeno Bullying. Estranha a presença de uma palavra inglesa no título. É que não se encontrou uma palavra nossa que diga o que “bullying” quer dizer. “Bully” é o valentão. Um tipo que, valendo-se do seu tamanho, agride e intimida seus colegas, crianças ou adolescentes mais fracos que não sabem se defender. Por vezes o “bullying” não se expressa por meio de murros e tapas. Comumente ele se vale da zombaria e do ridículo: um grupinho concorda em transformar uma pessoa em motivo de chacota por meio de apelidos e, com isso, humilha-a e a exclui do meio social. Uma vítima de “bullying” jamais é convidada para participar das festinhas.
“O “bullying” é diferente das brigas que freqüentemente acontecem entre iguais, provocadas por motivos eventuais. Essas brigas acontecem e acabam. O “bullying”, ao contrário, é contínuo, metódico, persistente, não precisa de razões para acontecer. A vítima, ao se preparar para ir à escola, sabe o que a aguarda. O seu desejo é fugir. Mas não pode. E não há nada que possa ser feito para que o “bullying” não aconteça. Informar os professores só pode agravar a sua situação. Misturado ao medo cresce o ódio, o desejo de vingança e as fantasias de destruir os agressores . Essas fantasias, um dia, poderão se transformar em realidade.
Eu fui vítima de “bullying”. Quando me mudei para o Rio de Janeiro e meu pai me matriculou no Colégio Andrews, que era freqüentado pela elite carioca, fui motivo de zombaria por causa do meu sotaque caipira e a forma como me vestia. A zombaria me enfiou numa grande solidão. Nunca tive amigos. Nunca fui convidado para as festas da “turma”. Sentia-me ridículo. Tinha medo de me aproximar das meninas. O que eu mais desejava era estar longe dos meus colegas. Ir à escola era um sofrimento diário. Sofria em silêncio. E era inútil que eu falasse com os meus pais. Eles nada poderiam fazer. A maioria das vítimas sofre em silêncio.
Assim, antes mesmo de ler fiquei gostando do livro. Disse à Cleo que iria escrever um artigo sobre ele. Mas depois de ler 40 páginas mudei de idéia. Nada do que eu pudesse escrever teria a força das experiências de dor, humilhação e medo das crianças e adolescentes que foram vítimas do sadismo de colegas que ela relata.
Sadismo é uma monstruosa deformação espiritual. O sádico é uma pessoa que sente prazer ao produzir ou contemplar o sofrimento de um outro, prazer que pode, eventualmente, chegar ao ponto do orgasmo. Relata-se que torturadores chegam a ter ejaculações ao ver o torturado contorcendo-se de dor. Freud nunca entendeu as razões do sadismo. É como se o sádico fosse possuído por um demônio... Invocou o “instinto de morte”. Mas isso nada explica. Apenas indica os abismos sinistros da alma humana. Assim, deixei de lado a idéia do artigo. Vou simplesmente transcrever casos que o livro relata.
Primeiro caso: Edimar era um jovem humilde e tímido de 18 anos que vivia na pacata cidade de Taiúva, no estado de São Paulo. Os seus colegas fizeram-no motivo de chacota porque ele era muito gordo. Puseram-lhe os apelidos de “gordo”, “mongolóide”, “elefante-cor-de-rosa” e “vinagrão”, por tomar vinagre de maçã todos os dias, no seu esforço para emagrecer. No dia 27 de janeiro de 2003 ele entrou na escola armado e atirou contra seis alunos, uma professora e o zelador, matando-se a seguir. Foi o caminho que encontrou para vingar-se das humilhações sofridas.
Segundo caso: Na cidade de Remanso, na Bahia, Denilton, um adolescente de 17 anos, tímido e introvertido, foi excluído do círculo de colegas da escola. Revoltado com os anos de humilhações a que fora submetido, resolveu por um fim a essa situação. Movido por sentimentos de vingança foi à escola, que estava fechada. Dirigiu-se então à casa do seu agressor principal. Lá chegando chamou-o pelo nome e o matou na porta da casa com um tiro na cabeça. Dirigiu-se então à escola de informática onde estava matriculado, em busca daqueles que lhe haviam roubado a alegria de viver. Atirou em funcionários e alunos, atingindo fatalmente na cabeça uma secretária. Quando tentava recarregar a arma foi imobilizado e detido.
Terceiro caso: Em Patagones, na Argentina, Rafael, um jovem de 15 anos, tímido,com dificuldades de relacionamento e considerado esquisito pelos colegas, foi apelidado de “bobão”. Diziam que ele era de um outro mundo. Certo dia, após a execução do Hino Nacional o garoto dirigiu-se para a sala de aula dizendo: “Hoje vai ser um lindo dia”. De repente começou a atirar contra as paredes, provocando pânico. Em seguida disparou contra pessoas, matando três meninas, um menino e ferindo mais cinco. Finalmente ajoelhou-se em estado de choque e entregou-se à polícia.
Quarto caso: Luis Antônio, um garoto de 11 anos. Sempre gostou de estudar. Mas ao mudar de Natal para Recife algo aconteceu. Não mais queria ir à escola. Por causa do seu sotaque diferente passou a ser objeto da violência de colegas que “não iam com a sua cara”. Batiam-lhe, empurravam-no, davam-lhe murros e chutes – fato que sua professora confirmou. Na manhã do dia fatídico, antes do início das aulas, apanhou de alguns meninos que o ameaçaram com a “hora da saída” – essa é a hora preferida para as violências. Aterrorizado pelas agressões que o esperavam, por volta das dez e meia, saiu correndo da escola e nunca mais foi visto. Um corpo com características semelhantes ao dele, em estado de putrefação, foi conduzido ao IML para perícia. Os resultados da perícia ainda não eram conhecidos por ocasião da publicação do livro.
Não são casos isolados. O “bullying” é um fenômeno universal. Diariamente milhares de crianças e adolescentes o experimentam, sendo marcados na sua auto-imagem e na aprendizagem. Uma criança apavorada não pode aprender.
Não conheço nenhuma teoria pedagógica que leve consideração esse fato como parte do espaço escolar. O que não quer dizer que não exista. Eu mesmo, que escrevo sobre a educação há muitos anos, nunca escrevi uma linha sobre o “bullying”. Há muitas referências ao fenômeno “violência”. Mas a existência de uma rede de intimidações continuadas como parte do espaço escolar, – parece que isso não tem sido objeto da atenção dos educadores. E, no entanto, os seus efeitos são mais importantes do que tudo que possa ser ensinado.
Sofri pensando no sofrimento das crianças e adolescentes. É preciso que as escolas tomem consciência do “bullying” e incluam, nos seus objetivos educacionais, a criação de um espaço de paz. Aprender a paz é mais importante que preparar para o vestibular. Um bom começo seria conversar com professores e alunos sobre esse demônio.

Fenômeno Bullying – Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz, Cleo Fante, VERUS Editora.

Publicado no Correio Popular 08/05/2005

terça-feira, 8 de março de 2011

(18)RAÇIONAMENTO

EU SOU: Raça que te quero Braço no abraço da minha Sorte, de minha Morte; Lamento que te quero Canto, que não seja Gueto, sem escanteio. Fôlego aberto que assopra o Vento; abrindo picadas, estradas, caminhos históricos entre os deuses seculares de meus avós, de meus heróis.
De minha... Raça.
EU SOU...VOCê.

(17)Afrika Bambaataa - Peace, Unity, Love and Having Fun

PAZ AMOR E UNIÃO

(16)Afrika Bambaataa & James Brown - Unity (Mixcutz Black Pearl MIx)

(15)O PAI DO HIP HOP VEIO AO BRASIL EM 2007

O PAI DO HIP HOP EM SUA VISITA AO BRASIL DEU ENTREVISTA A UM FAMOSO SITE DO UNIVERSO HIP HOP:


ENTREVISTA DO AFRIKA BAMBAATAA AO SITE "BOCADA FORTE "
http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=materias_detalhes.php&id=543

(14)Afrika Bambaataa ...e tudo começou(hip hop)

Afrika Bambaataa é o pseudônimo de Kevin Donovan (Bronx, Nova York, 19 de abril de 1957) é um DJ estado-unidense e líder da Zulu Nation, reconhecido como fundador oficial do Hip Hop.
Nasceu e foi criado no Bronx e, quando jovem, fazia parte de uma gangue chamada Black Spades (Espadas Negras, em português), mas viu que as brigas entre as gangues não levariam a lugar nenhum. Muitos dos membros originais da Zulu Nation também faziam parte da Black Spades, que era uma das maiores e mais temidas gangues de Nova York. Bambaataa se utilizou de muitas gravações já existentes de diferentes tipos de música para criar Raps. Usando sons, que iam desde James Brown (o pai do Funk) até o som eletrônico da música “Trans-Europe Express” (da banda européia Kraftwerk), e misturando ao canto falado trazido pelo DJ jamaicano Kool Herc, Bambaataa criou a música “Planet Rock”, que hoje é um clássico. Bambaataa também foi um dos líderes do Movimento Libertem James Brown, criado quando o mestre da Soul Music estava preso e, anos depois, foi o primeiro ‘Hip-Hopper’ a trabalhar com James Brown, gravando “Peace, Love & Unity”. Bambaataa criou as bases para surgimento do Miami Bass, Freestyle (gênero musical), ritmos que infuênciaram o Funk Carioca.[1]

ENTREVISTA DO AFRIKA BAMBAATAA AO SITE "BOCADA FORTE "
http://centralhiphop.uol.com.br/site/?url=materias_detalhes.php&id=543

(13)AFRIKA BAMBAATAA E Kraftwerk - Trans Europe Express

KRAFTWERK COM Trans Europe Express FOI UMA REFERÊNCIA FUNDAMENTAL NA PESQUISA MUSICAL DE AFRIKA BAMBAATAA PARA CRIAR O HIP HOP.

https://youtu.be/qBGNlTPgQII

(12)Afrika Bambaataa - Planet Rock - HQ Video

segunda-feira, 7 de março de 2011

(11)DE SERGIO VAZ

Deusas do cotidiano – Sérgio Vaz
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“De todos os hinos entoados em louvor às revoluções nos campos de batalhas, nenhum, por mais belo que seja, tem a força das canções de ninar cantada no colo das mães.”.
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O nome dessas mulheres eu não sei, não lembro e nem preciso saber. São nomes comuns em meio a tantos outros espalhados por esse chão duro chamado Brasil.
Mas a maioria delas eu conheço bem, são donas de um mesmo destino: as miseráveis que roubam remédios para aliviar as angústias dos filhos. É quando a pobreza não é dor, é angústia também. São as ladras de Victor Hugo.
Donas da insustentável leveza do ser, as infantes guerreiras enfrentam a lei da gravidade. Permanecem de pé ante aos dragões comedores de sonhos que escondem na gravidade da lei.Das trincheiras do ninho enfrentam moinhos de mós afiadas para protegerem a pança dos pequeninos. São as Quixotes de Miguel de Cervantes.
Místicas, não raro, estão sempre nuas em sentimentos. Quando precisam, cruas, esmolam com o corpo, e se postam à espera do punhal do prazer que cravam no seu ventre. È quando o prazer humilha. São as habitantes do inferno de Dante.
Rainhas de castelos de madeiras, sustentam os filhos como príncipes, e os protegem da fome, do frio, e da vida dura e cruel que insiste em bater na porta das mulheres de panela vazia. Quanto aos reis, também são os mesmos: os covardes dos vinhos da ira.
Mágicas, esses anjos se transformam em rochas, quando a vida pede grão de areia. Em flores quando rastejam, em espinhos quando protegem.
Essas mulheres são aquelas que limpam tapetes, mas não admitem serem pisadas.
São Presidentas. Riscam papéis, limpam máquinas e consertam crianças que nascem com o sonho quebrado.
São domésticas, mas não admitem serem domesticadas.
E riem quando suam sob lágrimas e sangram o perfume da violeta impune estampada no rosto, que de rosa, não tem nada.
Sim, são as deusas do dia a dia.
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(10)Marília Gabriela Entrevista o Poeta Sérgio Vaz - Cooperifa P/8

(9)Marília Gabriela Entrevista o Poeta Sérgio Vaz - Cooperifa P/7

(8)Marília Gabriela Entrevista o Poeta Sérgio Vaz - Cooperifa P/4

(7)Marília Gabriela Entrevista o Poeta Sérgio Vaz - Cooperifa P/3

(6)Marília Gabriela Entrevista o Poeta Sérgio Vaz - Cooperifa P/2

(5)Marília Gabriela Entrevista o Poeta Sérgio Vaz - Cooperifa P/1

(4)Carta à mãe África

(3)VULCÃO

ÉTNICO ÉTICO ETINICIDADE, O ÉTNA DA CIDADE EXPELINDO FULIGENS E PEDRAS ADORMECIDAS NO TÚMULO QUENTE E SOB PRESSÃO CONSTANTE DA HISTÓRIA SUBMERSA. LAVA, EXPLODE, LAVA E EXPELE, SUA EX-PÉLE DE COURO SOB A CHIBATA, BATA NO PEITO E O BATUQUE DIZ...EU SOU, FUI E SEREI REI DA TERRA SEMPRE. SEMPER FIDÉLIS ÁFRICA.

(2)Caminhos para a cidadania